Todos nós, neurologistas, sabemos que a vertigem é um dos sintomas que mais faz o doente procurar- nos, quer seja no serviço de urgência (S.U.) quer seja na consulta. Parece-nos, portanto, ser esta divisão “espacial” uma boa maneira de abordar o tema do ponto de vista neurológico, tanto mais que as diferentes etiologias das vertigens determinam a necessidade de conceitos claros e precisos acerca do diagnóstico diferencial, da oportunidade e do tipo dos exames complementares a pedir e do tratamento a prescrever. Fica assente, desde já, que nos referiremos exclusivamente às vertigens “verdadeiras”, isto é, às decorrentes de patologia do sistema vestibular considerado no seu todo, excluindo de antemão, portanto, todos os inúmeros sintomas que cabem na designação de “tonturas”.